Caminhei muitas léguas, descalço, sem alimento, sedento; mas cheguei. Não vou desistir no último degrau da escada.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Show Chico Buarque em Curitiba
Chico Buarque iniciou suas apresentações em Curitiba no dia 15 de dezembro (quinta-feira), às 21:15, aproximadamente. Plateia e balcões lotados, fãs ansiosos por ouvir a voz do ídolo, mãos trêmulas e olhos apontados para o palco. Iniciou-se a apresentação da equipe realizadora do show e, nesses momentos, nossos corações batiam mais forte por saber que dentro de instantes Ele estaria ali. Finalizada as apresentações, entraram no palco os músicos que acompanham Chico na turnê: Bia Paes Leme (teclado e vocais); Chico Batera (percussão); João Rebouças (piano); Jorge Helder (contrabaixo acústico); Marcelo Bernardes (flauta e sopros); Luiz Cláudio Ramos (violão); e Wilson das Neves (bateria).
Sem fazer shows desde 2006, quando lançou seu disco Carioca, Chico volta aos palcos em Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. Apesar de ter 45 anos de carreira e mais de 40 discos lançados, esta é apenas a 5ª turnê do músico. As turnês anteriores foram "Chico e Bethania"(1975), "Francisco" (1988), "Paratodos" (1994), "As Cidades" (1999) e "Carioca" (2006). A turnê atual ("Chico") conta com músicas do último disco, músicas que cantam a alma feminina e músicas nunca antes cantadas em turnês ("Geni e o Zepelim", "Baioque" e " Ana de Amsterdam"). O resultado é um show espetacular, que cativa e atrai públicos de todas as idades (senhoras e jovens, como eu).
Logo após a entrada dos músicos, Chico sai da entrada lateral esquerda do palco e é muito aplaudido pelo público: palmas incessantes que duraram quase um minuto. Agradeceu, falou um tímido 'Boa noite!' e começou a cantar "O Velho Francisco" e logo engatou "De Volta Ao Samba". O silêncio era total, ouviam-se apenas sussurros e, além disso, as palmas eram breves, quase sempre pelo fato de que o músico começava rapidamente a música seguinte. "Desalento" arrancou algumas lágrimas minhas e, certamente, de muitas pessoas ali. "Injuriado" fez com que as lágrimas se tornassem sorrisos.
"Querido Diário", "Rubato", "Essa Pequena", "Tipo um Baião" e "Sem Você 2", músicas do último disco, se intercalaram com "Choro Bandido", de Chico e Edu Lobo. Após essa onda de músicas novas, "Bastidores", sucesso na voz de Cauby Peixoto, arrancou suspiros das fãs mais apaixonadas. "Todo o Sentimento" fez com que os casais apaixonados dessem seus beijinhos. Em seguida, "O Meu Amor" e "Teresinha" conquistaram as mulheres e fizeram com que se ouvissem as primeiras vozes da plateia.
Depois vieram "Ana de Amsterdam", da peça Calabar, "Anos Dourados", em dupla com Tom Jobim, "Sob Medida", "Nina", do novo disco, e "Valsa Brasileira". "Geni e o Zepelim" contou com o coro da plateia no refrão ("Joga pedra na Geni/ joga pedra na Geni/ ela é feita pra apanhar/ ela é boa de cuspir/ ela dá pra qualquer um/ maldita Geni"). Em seguida, "Barafunda", do novo disco e "Sou Eu"/"Tereza da Praia", que contou com o vocal do personal batera do Chico, Wilson das Neves.
"A Violeira", sucesso na voz de Elba Ramalho, agradou a todos. "Baioque" foi acompanhada pela plateia e foi seguida por um rap feito por Chico para Criolo, seguido por "Cálice", do rapper Criolo ("Pai afasta de mim a biqueira/ afasta de mim as biate/ afasta de mim a cocaine/ pois na quebrada escorre sangue"). "Sinhá" foi a última música da 1ª parte do show. Chico e os músicos saíram de cena, arrancando aplausos eternos, até que se vê a imagem do músico retornando ao palco.
A plateia, ainda em pé, relembrou "Sonho de um Carnaval"/"A Felicidade" no primeiro bis. Alguns já se deslocavam para a frente do palco para tentar uma foto melhor, ou tocar Chico. Os músicos saem novamente do palco e retornam com "Na Carreira", a última música do show, talvez a mais emocionante por esse fato. Chico toca as mãos dos fãs que estavam à frente do palco e vai embora, deixando o sentimento de alegria em todos nós.
Enfim, cada um que esteve lá presente, teve um sentimento diferente, mas posso garantir que este foi o mais positivo possível. Há espetáculos nos dias 16, 17 e 18, porém com ingressos esgotados desde o mês passado. Esperamos visitas mais frequentes de Chico a Curitiba, e muita saúde e criatividade para que nos presenteie com mais discos!
Um abraço, Gabriel Percegona!
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