Isso não é uma resenha, é um "desabafo" de felicidade. Não sou crítico musical, não sou musicista, não sou jornalista, mas sei reconhecer quando algo é "tocante", "sensibilizante", musicalmente falando. E uma das coisas mais incríveis nesses termos aconteceu dia 24/01/2014, no Teatro Guaíra, em Curitiba: uma grandiosa, genial apresentação de Hermeto Pascoal e Grupo.
Eu disse Hermeto Pascoal e Grupo. O show era compartilhado. Ou podemos ainda dizer que "O Grupo" eram um show a parte, ao mesmo tempo que não apenas acompanhava, mas dividia a cena com Hermeto. As transições pelo palco, os solos musicais de cada um, a integração espírito-musical entre cada um desses músicos conferiu à apresentação o ar sagrado que transmitiu. Vale ainda ressaltar a generosidade de Hermeto ao convidar músicos da cena musical "universal", como ele próprio definiu, para compartilhar o show com ele.
Quem nunca ouviu Hermeto pode se assustar com as improvisações, a linhas melódicas particulares, os instrumentos típicos, a genialidade musical do artista. Pode parecer complicada a música de Hermeto, mas assim como eu, que não entendo nada de teoria musical, você se tranquilize: "sentir antes de saber". Repetia Hermeto constantemente. Sentir antes de saber. E era isso. Era preciso sentir. Hermeto é indecifrável, racionalmente; mas se você o sente, se sente sua arte, você se completa, você respira a musica das sensações, dos sentidos. O show é inenarrável, basta dizer que foi especial! (no melhor sentido possível).
Logo após, ele me recebeu no camarim, assim como a outras pessoas presentes no show. Entre as coisas que falou, a que mais marcou foi: "O futuro da música está nas mão de vocês (jovens)".
Se depender de mim, mestre Hermeto, a sua música, a música boa e universal se propagará pela eternidade. Salve, Hermeto Pascoal, o Bruxo!
Seu discípulo, admirador, fã e seguidor, Gabriel Percegona.
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